Rui Ribeiro Lança "Ephemeral Scenes": Um Retrato Musical da Beleza que Não Dura
O compositor Rui Ribeiro lança hoje o seu novo álbum, Ephemeral Scenes, uma meditação sonora sobre o efémero e a beleza fugaz do mundo. Editado pela Blim Records e já disponível nas plataformas digitais, o trabalho celebra os momentos breves e frágeis da existência: o brilho de um pirilampo, a leveza e delicadeza de uma bola de sabão, a rara beleza da flor de cato "Rainha da Noite" que desabrocha por uma única madrugada, ou até um abraço dado sem sabermos que seria o último.
Gravado com uma formação de trio clássico (piano, violino e violoncelo), o álbum transcende o formato ocidental, inspirando-se profundamente na estética e na filosofia japonesas. Rui Ribeiro explora o conceito de mono no aware, a sensibilidade perante a beleza efémera das coisas e a melancolia suave que emerge da consciência da sua transitoriedade. Esta influência manifesta-se em melodias e texturas subtis, que ecoam serenidade e desaceleram o tempo.
Rui Ribeiro, ao piano, contou com a colaboração da violoncelista Sandra Martins e da violinista Joana Borges para dar vida às suas composições: “A escolha da Sandra e da Joana não se deve apenas ao seu enorme talento. Ambas possuem uma sensibilidade rara para a fragilidade da vida e das pequenas coisas, uma consciência que se reflete diretamente na forma como interpretam a música. Essa profundidade trouxe ao disco uma intensidade emocional e uma melancolia muito especial”, explica o compositor.
Rui Ribeiro acrescenta que "cada uma destas pequenas peças procura celebrar a beleza do instante. No seu conjunto, revelam um retrato mais amplo da efemeridade da vida humana e da nossa própria espécie, sobretudo quando comparada com a vastidão do Universo.” Ephemeral Scenes é, em última análise, um convite para o ouvinte abrandar e descobrir a beleza serena que se esconde nos momentos efémeros do quotidiano.